Em 2021, a Black Friday foi promovida como a mais digital de todos os tempos. Muitos ainda receosos com a pandemia e as aglomerações deixaram de fazer suas compras em lojas físicas e continuaram optando pelo digital.
Segundo levantamento da Conversion, visitas às principais lojas virtuais do país aumentaram em quase 43% na Black Week em comparação com a semana anterior. Esse aumento na audiência mantém o movimento de alta que os e-commerce vêm tendo nos últimos meses. Só em outubro, os maiores sites de produtos e serviços do Brasil tiveram 1,69 bilhão de acessos, crescimento de mais de 1,5% perante setembro.
Além disso, o faturamento desta Black Friday foi superior ao do ano anterior e isso também pode ter efeitos práticos para o Natal. A seguir, apresentamos os números mais importantes que marcaram a Black Friday desse ano.
Comparado com o ano passado, o e-commerce teve um aumento de 5,8% no faturamento – um valor de quase R$ 5,5 bilhões. Os números foram divulgados em um levantamento da Neotrust, que avaliou o volume de compras realizadas via e-commerce entre a meia-noite de quinta-feira (25 de novembro) e 23h59 de sexta-feira (26) em todo o Brasil. No varejo total, o crescimento foi de 7,8% em comparação a 2020.
Confira o ranking das categorias que tiveram maior faturamento na Black Friday 2021, segundo a ClearSale:
1. Telefonia
2. Eletrodomésticos
3. Eletrônicos
4. Informática
5. Móveis
Também segundo a ClearSale, este foi o ranking das categorias mais procuradas pelo público e que tiveram mais pedidos efetuados.
1. Moda e Acessórios
2. Beleza e Perfumaria
3. Telefonia
4. Eletroportáteis
5. Eletrodomésticos
Já na ordem do faturamento de compras, Telefonia, eletrodomésticos, eletrônicos, informática e móveis foram os principais.
Algumas previsões se confirmaram. Por exemplo, os produtos associados ao termo Black Friday que apresentaram maior crescimento de buscas no Google nas semanas antes do evento foram: tênis (aumento de 175% na procura), perfume (135%), monitor (103%), fralda descartável (102%) e roupas (90%).
Como podemos ver, os itens de supermercado foram dominantes nas pesquisas e também nas compras. Nas Lojas Americanas, tanto no físico quanto no online, os consumidores buscavam muito por alimentos e bebidas, uma categoria que ficou apenas atrás de moda e beleza/perfumaria. Isso pode ser aferido pelo relatório dos primeiros dias de promoção realizado pelo site Reclame Aqui: shampoo, perfumes e itens de higiene entraram nesse ranking.
A realidade do país fez com que os produtos de supermercado, muitas vezes, fossem os únicos com um bom desconto real para o consumidor, devido à alta na inflação. Isso fez com que muitos varejistas, tanto do ramo dos supermercados como dos alimentos, aumentassem as promoções, por meio de cupons e compras por aplicativo.
Isso mostra que essa foi uma Black Friday focada em produtos que não tinham grande destaque nos anos anteriores, com o consumidor buscando promoções em itens essenciais para o seu dia a dia. Já entre os eletroportáteis, fritadeira e aspirador de pó foram os mais vendidos.
Quem mais contribuiu para o sucesso dessa Black Friday foram as mulheres, que fizeram 57% dos pedidos de compra online. Já a faixa etária que mais consumiu foi dos 26 a 35 anos, com 35%. O pessoal dos 36 a 50 anos chegou perto, com 34% das compras. Os consumidores de até 25 anos representaram 17% e os acima de 51 anos tiveram participação de 14% na Black Friday 2021.
No levantamento da Neotrust, as pessoas ainda seguem preferindo o cartão de crédito, que foi usado por 81% do total do público e ainda teve crescimento de 6% em relação ao ano anterior.
Já formas de pagamento a vista, como boleto bancário (10%) e pix (2%) ainda são muito baixos. Um dos prováveis motivos tem a ver justamente com o período de realização da Black Friday – a última semana do mês, quando muita gente já não tem mais dinheiro em conta, optando por formas de pagamento no crédito.
Também nessa Black Friday foram evitados muitos golpes em pagamentos fraudulentos. A ClearSale, empresa referência antifraude, informou que até às 23h já havia evitado mais de R$ 66 milhões de reais em golpes.
De acordo com o levantamento, da Neotrust, a região Sudeste foi a que mais consumiu durante a Black Friday, com R$ 2,2 bilhões (56,48% do total faturado em todo o País). Na vice-liderança ficou o Nordeste, com R$ 716 milhões (18,02%). Em terceiro lugar, o Sul, com R$ 606 milhões (15,26%). O Centro-Oeste aparece em quarto lugar, com R$ 296 milhões (7,45%). Por fim, a região Norte, com R$ 111 milhões (2,80%).
Fontes: Estadão, Poder360, Folha de São Paulo, Midia Max, Mercado & Consumo, O Globo