Fazer compras sempre trouxe muita diversão. Geralmente significa passar uma tarde de inverno enchendo um carrinho de compras nos corredores, procurando pelas melhores ofertas com os amigos ou com a família. Talvez passar uma tarde de verão no shopping, voltando para casa com diversas compras muito boas.
Então, 18 meses atrás, tudo mudou, graças a uma pandemia. E mesmo que os shoppings e supermercados tenham ficado abertos em determinadas partes do mundo, a ameaça de uma terceira onda ou uma nova mutação do vírus sempre nos preocupa. Algumas pessoas talvez nunca mais se sintam confortáveis para entrarem em espaços lotados novamente.
Dezoito meses atrás, 85% das compras no planeta eram feitas em lojas físicas. As pessoas usufruíam e preferiam essa forma de comprar – e não se tratava apenas de comprar coisas. Se tratava de passar um tempo com quem você gosta, verificando minuciosamente cada coisa para comprar, sendo possível tocar e sentir cada produto antes de decidir. O que importava era a experiência. Os comércios sempre souberam disso também, e faziam o que podiam – e ainda mais – para deixar o jeito de fazer compras mais divertido.
Com ou sem a pandemia, as compras online vieram para ficar. E agora é hora de aumentar ainda mais a aposta. As compras online da forma tradicional, quando comparadas com experiências imersivas nas redes sociais, parecem totalmente defasadas. Os comércios parecem listar todos seus produtos da mesma forma, dando a todos o mesmo espaço de tela. Você pode colocar descontos e vantagens, mas todo aplicativo de toda loja online faz a mesma coisa. Como você pode se destacar nessa multidão?
Nos últimos anos, temos visto uma nova junção entre e-commerce e mídias sociais. Agora você pode deslizar em stories do Instagram para fazer uma compra, com apenas um clique, em um link que te leva direto para a página do produto. Na batalha de eficiência entre imagens estáticas e vídeos, entretanto, o vídeo vence. Em circunstâncias em que você não pode tocar, sentir ou experimentar os produtos antes de comprar, o vídeo parece ser o novo queridinho do mercado. Então, qual é o próximo passo? Vendas em tempo real!
Comprar em lojas e shoppings sempre foi prazeroso por três questões primordiais:
Variedade: Você pode ver e vivenciar uma grande variedade de produtos em um só local
Comunidade: por aproximação física, amigos e famílias podiam ir juntos fazer compras não apenas para fazer as decisões finais, mas para passear e socializar.
Entusiasmo: acontecimentos em tempo real, competições e outras atividades que engajam levam consumidores a atravessarem as portas das lojas.
Uma boa experiência de compra não pode ficar relegada apenas ao mundo físico, entretanto. Os comércios podem criar experiências online que sejam tão boas quanto tocar, sentir e ter a sensação de um atendimento em pessoa. Como fazer isso?
Segundo uma pesquisa do Coresight, só nos Estados Unidos as live commerce vão movimentar cifras de $25 bilhões de dólares até 2023. Além disso, o levantamento do Facebook informou que 55% da geração Z, e 62% dos millenials fariam uma compra através de live commerce quando grandes marcas lançarem novos produtos.
Quase todo website de e-commerce parece igual: linhas e linhas de figuras estáticas com descrições e preços por todos os lados. Mesmo que utilizem vídeo, geralmente é como complemento. Através dos recursos das vendas por vídeo, as marcas podem oferecer experiências imersivas para os consumidores pelas mídias sociais – e dar ao público, visualmente, um olhar muito mais íntimo aos produtos que eles estão visualizando.
Pegue um vestido, por exemplo. Uma figura estática pode até mostrar uma modelo numa pose única, mas você pode ver como é o caimento ou como ele fica em movimento? A forma como ele fica quando a luz está diferente? Você simplesmente não consegue bater o vídeo quando se trata de dar uma verdadeira sensação de estar vendo o produto em um ambiente online. E quando os compradores podem não apenas comentar e interagir com os vídeos, mas também comprar com apenas um botão sem nem deixar o mesmo ambiente, os benefícios são muitos:
• Um engajamento maior do cliente, passando mais tempo online no site;
• Melhora a confiança e credibilidade da sua marca, já que os clientes tem uma ideia melhor e mais completa do que eles estão comprando;
• Uma vitrine dinâmica, permitindo engajar mais oportunidades assim que um novo visitante conheça seu website.
Live commerce já é uma tendência gigantesca na China, onde também já se projetam números bilionários em 2023. Não é algo restrito ao oriente – é um movimento que já está se espalhando pelo mercado ocidental como rastilho de pólvora. A Cartier realizou o primeiro show de sua joalheria no Taobao Live, mostrando mais de 400 peças entre joias e outros itens. Já Kim Kardashian vendeu mais de 15.000 frascos de perfume em poucos minutos.
Esses são eventos em tempo real, onde os clientes não apenas conseguem vantagens e descontos, mas também interagem com outros compradores, com digital influencers e fazem perguntas sobre os produtos antes da compra. É o mais próximo do que podemos chegar de uma experiência de compra em loja física, só que tudo feito de maneira digital. E os benefícios?
• Gera expectativa para eventos, como lançamentos de produtos, aparições de celebridades, vendas temáticas (como Natal ou Dia das Crianças, por exemplo), demonstrações de produtos, vídeos com digital influencers, e muito mais;
• A construção de uma verdadeira comunidade em tempo real, através da interação comprador-comprador, e comprador-influenciador;
• Personalização e curadoria para determinados produtos.
• Opção de aplicar uma camada clicável para realizar a compra em tempo real para otimizar as compras por impulso.
Parece existir um buraco enorme entre o estado atual do e-commerce e o maravilhoso mundo que se apresenta com o formato de transmissão ao vivo de uma venda. Ainda bem que existem ferramentas para auxiliar a resolver esse problema. O 4Show é uma delas.
A COVID-19 acelerou todas as tendências online em ao menos três anos. O público está tentando e experimentando coisas novas, buscando sair da sua zona de conforto. Por isso, as companhias também estão investindo forte nessa área.
O ano passado nos mostrou o poder das conexões humanas. Tivemos que lidar com a falta do convívio social quando estávamos trancados em casa. Por sorte, tivemos o auxilio das mídias sociais. Agora, nos encontrando nesse espaço virtual em constante expansão, onde podemos trabalhar juntos, manter contato com amigos e familiares, assistir filmes e videos, jogar jogos todos juntos, também é possível comprarmos juntos. Live commerce. Esse é o futuro.
Fonte: Hindustan Times (Tech), Yahoo Finance